
Como a faixa de areia formada durante a vazante, fica mais difícil caminhar até o barco. Na comunidade São Pedro, no Rio Amazonas, alunos precisam subir um barranco com quase 15 metros de altura para chegar à escola. Os moradores construíram uma espécie de elevador para transportar as mercadorias do rio até a vila, mas as crianças precisam subir a pé.
Com a vazante recorde atingida pelo Rio Negro no último domingo (24), a situação ficou ainda mais complicada. Os barcos usados no transporte em comunidades ribeirinhas estão encalhados em praias de lama.
O transporte de mercadorias também foi prejudicado. Em afluentes do Rio Negro nem canoas conseguem navegar. Em algumas situações, o único jeito de seguir em frente é empurrando o barco.
“O meio de transporte é a canoa, barco ou rabeta. As crianças têm dificuldades nesse período porque não tem água”, diz Francimeira Maia, coordenadora das escolas de Manaus.
Das 50 escolas ribeirinhas de Manaus, metade teve as aulas suspensas na segunda semana de outubro. Lucas da Silva, de 9 anos, é uma das 4 mil crianças que estão sem aula. “Tem comunidade que nem canoa pode mais passar. Aí não dá para alguns alunos terem aula e outros não. Aí ficava difícil”, diz Sônia Monteiro, mãe de Lucas.
Até o momento, 61,5 mil famílias do Amazonas foram afetadas pela seca. São 40 municípios em estado de emergência e uma em calamidade pública. Segundo o governo do estado, a Defesa Civil já prestou ajuda a cerca de 24 localidades, com distribuição de alimentos e remédios.
Informações do Globo Rural
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