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PF prende narcotraficante suspeito de matar policiais no Amazonas

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Sérgio Fontes.
Foto: Florêncio Mesquita/PA
O narcotraficante brasileiro Gerson Ilário da Silva, 39, foi preso por volta das 3h da madrugada de hoje (19). Ele confessou que estava junto com o irmão dele e dois peruanos que fuzilaram dois agentes da Polícia Federal (PF) durante troca de tiros na última quarta-feira (17), em Anamã, no Amazonas. Segundo o criminoso, a embarcação usada no tráfico transportava 300 quilos de cocaína.

Gerson foi localizado dentro da floresta e estava desarmado. Ele revelou a identidade dos envolvidos e que todos usavam um fuzil Galiu calibre 556 de fabricação israelense. Segundo o Superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Sérgio Fontes, Gerson disse que foi o primeiro a pular no rio para fugir após a munição do fuzil dele ter acabado. Gerson não soube informar a localização dos outros criminosos e da embarcação. Ele revelou ainda que trabalha para uma organização peruana de tráfico de drogas.

A Polícia Federal montou uma operação com cerca de 100 homens para localizar os outros responsáveis pela morte dos agentes Leonardo Matzunaga Yamaguti, 26, e Mauro Lobo, 43. Segundo Fontes, a PF acionou o governo peruano para auxiliar as buscas. O exército daquele país está desde ontem (18) na fronteira, intensificando o cerco aos traficantes com policiais federais, agentes da Polícia Militar e Civil, Grupo Fera da Polícia Civil, Batalhão de Resposta Rápida (Raio) da PM, além de oficiais da Força Nacional.

Em entrevista a TV Amazonas na manhã de hoje (19), Sérgio Fontes informou que o traficante preso na madrugada de hoje foi trazido para a sede da Superintendência da Polícia Federal em Manaus. "Nós não sabemos quantos traficantes estavam envolvidos exatamente no tiroteio. Ele alega que quando terminou o carregador dele, ele foi um dos primeiros a se jogar na água e todos se separaram", disse.

Questionado sobre a entrada de armamento de traficantes no Amazonas, Fontes alegou que o Estado é vizinho de países como Colômbia e Peru, o que facilita a atuação de organizações criminosas na fronteira. "Nós estamos na fronteira com esses dois países. Temos a presença da Força Revolucionária da Colômbia (Farcs). Se os armamentos chegam nos morros cariocas, não é tão difícil assim chegar aqui", afirmou.


Equipamentos

Sérgio Fontes também afirmou que há falta de recursos na aquisição de equipamentos na Polícia Federal, bem como em outros órgãos federais, estaduais e municipais, mas isso não é causa para a fatalidade e a morte dos policiais durante a operação. " Nós precisamos de mais gente, mas nós evoluímos muito. Nesse fato específico nós tínhamos os melhores armamentos. Nós temos as mesmas armas que o exército dos Estados Unidos está usando. Todos os agentes eram treinados, tinham experiência, menos o Leonardo que era mais novo na coorporação", alegou.

Para o superintendente, os agentes foram supreendidos. "Eles não sabiam quem eram os traficantes, mas os criminosos sabiam que se tratava da Polícia. Não é comum eles reagirem a bala por droga. Mesmo assim, nós reagimos ao combate. Os policiais dispararam em torno de 130 tiros nos traficantes. Como nós chegamos anunciando a prisão, eles tiveram todas as vantagens e os policiais ficaram mais expostos", destacou.

Para Fontes, além de prender os envolvidos, o objetivo maior agora é prender a liderança da organização criminosa e neutralizá-la. Segundo ele, a Polícia vai precisar adaptar o procedimento operacional. "Nunca houve combates armados com fuzil entre policiais e traficantes. Aqui é um fato novo que nós vamos ter que nos adaptar. Agora existe o imponderável e isso está presente na nossa atividade policial", afirmou o chefe da PF no Amazonas.


Mortes

Os agentes federais Leonardo Matzunaga Yamaguti, 26, e Mauro Lobo, 43, foram mortos quando tentavam abordar uma embarcação suspeita de transportar cocaína. O confronto ocorreu na comunidade Boca do Cuia, entre os municípios de Anamã e Anori, próximo de Codajás (a 240 quilômetros de Manaus). O policial federal Charles da Silva Nascimento, 35, também ficou ferido e está internado em Manaus. Segundo a PF, ele não corre risco de morte.
 
FONTE: Portal Amazônia

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