Às vezes temos que olhar para os lados e principalmente para dentro de nós mesmos e nos perguntar o que estamos fazendo e por quê.
Hoje a tarde me veio uma avalanche de reflexões, desencadeada por uma frustrante avaliação matemática na faculdade. Tinha estudado, confesso que não muito, nem perto do suficiente; Mas estava confiante, já que estava seguro. Obtive o pior resultado; Fracassei por falta de competência, ou esforço e por desatenção, ou prepotência.
Mas minha decepção não foi por uma nota baixa, e sim por que o que eu estou primariamente disposto a fazer, que é estudar, não a faço. O que isso significa? Que estou inapto para faze-lo? Não! acho que não.. provavelmente de tanto olhar o desempenho dos outros, acabo esquecendo que felicidade e realização devem ser concepções vindas da minha cabeça, e não do reflexo das idéias alheias.
Para mim, o mais incapacitante em uma pessoa é o engano que ser o reflexo do “eu ideal para a sociedade” deve ser o guia para a busca de seus valores e objetivos individuais.
Mas e a pergunta: Quem sou eu? ou Quem deveria ser eu?. O que me constrói? cultura? habilidades? personalidade? ou apenas nada? Às vezes para me solidificar, solidificar minha individualidade me faço essa pergunta. Nunca obtive resposta.
De que é feita uma pessoa? O que nos faz gostar de alguém? Normalmente eu associo à imagem de um amigo, uma pessoa que gosto muito mas sem razão explícita para isso, gostar “de graça”. Isso fortaleza a idéia que somos nada?
“É prerrogativa da grandeza proporcionar enorme felicidade com pequeninos dons”.[1]
Provavelmente o que nós temos de melhor é o que não percebemos que as temos.
[1] – Friedrich Nietzsche (Humano, demasiado humano. – 558)
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